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As ferramentas de coaching mais poderosas!






Ferramentas de Coaching são usadas sempre, o tempo todo. A questão é que, muitas vezes, algumas delas são usadas indevidamente e outras são desprezadas, seja de forma consciente ou inconsciente. Antes de mais nada, faço uma distinção fundamental entre ferramentas: aquelas de natureza exterior (“outer”) e as de natureza interior (“inner”). Às do primeiro tipo eu me refiro, genericamente, a modelos, conceitos, processos, estruturas de referência e quaisquer outras coisas desse tipo. As mais poderosas ferramentas que um Coach pode e deve utilizar sempre, são de longe, muito longe, aquelas de natureza interior (“inner”). A primeira dessas ferramentas é a Intuição. Intuição faz parte da nossa inteligência, é algo real e verdadeiro, ainda que, em geral, é visto como um mistério da nossa inteligência. Pode parecer que não temos muito controle sobre nossa própria intuição, mas isso é algo que pode ser desenvolvido. Prestar atenção a como percebermos o que se passa ao nosso redor além da nossa forma intelectualizada de tomar conhecimento de alguma coisa, nos mostra que intuição é algo real e verdadeiro. É a parte sensorial da nossa inteligência, que captura informações através do nosso corpo por inteiro. Intuição é uma maneira de saber, de tomar conhecimento, complementar ao nosso intelecto e tão poderoso quanto este. O que acontece é que, em geral, prestamos muita atenção ao nosso intelecto e pouca ou nenhuma atenção a nossa intuição. Nem sempre nossa intuição está correta, o que não significa que ela não funciona. Nosso intelecto nem sempre está correto, mas sabemos que ele funciona. Nós somos inteligentes, nossa inteligência sensorial é inteligente, mas não é 100% correta. O que tem isso a ver com Coaching? O Coach reage ao que o cliente traz e isso significa estar atento ao que acontece dentro de si e de que forma seu corpo responde em reação ao que o cliente traz. Fazer uso da informação que sua intuição, sua inteligência sensorial, lhe traz, em complemento ou não àquela do seu intelecto, lhe trará a comunicação a ser feita ao seu cliente e essa poderá ser uma pergunta poderosa ou uma observação que tem o potencial de apoiar o seu cliente na exploração sendo feita. Nossa intuição é uma fonte confiável de inteligência e se torna mais poderosa quanto mais aprendemos a utilizá-la de forma efetiva, mas ela nem sempre está certa, então precisa ser usada com desapego, sem julgamento e sem a necessidade de estarmos certos ou errados. Isso cabe ao cliente decidir. A segunda ferramenta de natureza interior é a Curiosidade, que tende a andar de mãos dadas com a Intuição. Curiosidade é a habilidade que nos faz ir mais a fundo, ir além dos nossos limites. Trata-se de um desejo de compreender o significado das coisas e ter experiências mais profundas e ricas. Em Coaching, eu me refiro a curiosidade genuína e incondicional em benefício do cliente. Não se trata da curiosidade voltada para o Coach – O que isso significa para mim?, mas sim voltada para o cliente – O que isso pode contribuir para a agenda e para o aprendizado do meu cliente?. Numa conversa de Coaching, por conta daquilo que é dito e como é dito pelo cliente, algo te faz sentir curioso. Você não sabe muito bem o que te despertou essa curiosidade, mas você sabe que pode haver alguma coisa ali e você, Coach, reage através de uma comunicação ao seu cliente, que poderá ser uma pergunta poderosa ou uma observação que tem o potencial de apoiar o seu cliente na exploração sendo feita. Quando algo lhe deixa curioso, é provavelmente um sinal de alguma coisa capturada por sua inteligência sensorial, sua intuição. Como Coach, você reage a sua intuição, sem se preocupar em tentar entender o que ela está dizendo, apenas reage e a sua curiosidade lhe indicará os possíveis lugares de interesse que você oferecerá ao seu cliente para exploração. Ao fazer perguntas ou compartilhar observações sobre o que lhe deixou curioso e que parece ser importante, você apoiará seu cliente a focar naquilo que pode ter mais relevância e significado para ele. Usar a curiosidade traz foco, mas as conclusões, decisões, aprendizados e soluções são do cliente. Tanto a Intuição, quanto a Curiosidade são alimentadas por uma competência fundamental em Coaching, que é a Presença. A ICF - International Coach Federation, define essa competência como “a habilidade de estar plenamente consciente e de criar uma relação espontânea com o cliente, adotando um estilo aberto, flexível e confiante”. Os termos grifados apontam para o que é fundamental nessa competência: estar consciente de si, do outro e do que compõe o campo de energia criado na relação de coaching; a relação é de completa parceria, onde o coach se coloca de forma autêntica, vulnerável e possibilita que o cliente assim também o faça; o coach explora diversas formas de trabalhar e escolhe aquela que mais se adapta à maneira do cliente pensar, sentir, fazer e aprender, está disposto a correr riscos e é aberto ao não saber, em benefício do seu cliente. É uma competência que exige experiência e maturidade, cujo desenvolvimento está diretamente ligado ao fortalecimento da intuição e da curiosidade genuína. Uma presença de coaching se manifesta através das habilidades de comunicação do coach: escuta ativa global (que possibilita aprender com o cliente sobre o cliente), perguntas poderosas (a escuta, que aciona a intuição e a curiosidade, informa as perguntas a serem feitas) e a comunicação direta (compartilhamento, de forma livre e desapegada, daquilo que está sendo percebido no diálogo de coaching). Curiosidade e Intuição são as grandes e poderosíssimas ferramentas de coaching, que devem ser usadas o tempo todo. São elas que farão a diferença no tipo de aprendizado que um cliente pode obter num processo de coaching. O coach, através delas, acima de qualquer outra coisa, apoia seu cliente na criação da consciência desejada e necessária, que possibilitará o aprendizado requerido para gerar os movimentos em direção aos resultados de coaching pretendidos. Para serem alimentadas, como já mencionei, é necessária uma forte presença, que, por sua vez, exige os 3 Cs do Coaching. Quais são eles? Isso é assunto para um próximo post.

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